Júlia Rafael – NJ 1 de Junho/Região Luanda Leste – Luanda – Angola

Chamo-me Júlia Rafael, tenho 47 anos de idade. Sou missionária e dedico como monitora de Sanguetsu na unidade acima citada. Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Angola em 2006, por intermédio de um vizinho que é membro desta igreja.

Os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento à igreja foram: doenças dos meus filhos, conflito e pobreza. Quanto à doença, acontecia nos fins de cada mês quando meu esposo recebia o salário. Para solucionar esta questão, percorremos vários hospitais e uma vez à casa de quimbanda sem obter resultados satisfatórios.

A minha ida à casa de quimbandeiro, não dei a conhecer ao meu esposo e este facto gerou conflito no lar quando ele descobriu. Refletindo, preferi ficar em casa, não procurar hospital nem quimbanda porque já tínhamos feito estes tratamentos durante um ano.

Quanto à pobreza, já durava 10 anos. Certo dia, fui á casa de uma vizinha buscar algumas folhas para lhes fazer clister (enema) e encontrei um senhor a levantar a mão em direção da pessoa. Lembrei-me de quando fui frequentadora de outra igreja muito parecida com a Igreja Messiânica no Lobito e pensei que fosse a mesma. Surpreendentemente, ao perguntar, me disseram que era a Igreja Messiânica.

Como já era tarde, combinamos para dia seguinte me levarem para conhecer e assim aconteceu. Ao chegar na nave, fui recebida pelo plantonista, que na altura era a responsável da unidade religiosa. Após ter me ouvido atentamente, orientou-me a fazer as seguintes práticas básicas:

 

  • Receber 10 Johrei por dia;
  • Dedicar na Nave e nos banheiros;
  • Manter a flor de luz em casa;
  • E peregrinar aos locais de maior luz.

De regresso para casa, a dedicante do Sanguetsu ofereceu-me uma flor de luz e decidi colocá-la em cima da banca. À noite, desliguei a lâmpada do quarto. Ao acordar, vi com os meus olhos uma clareza que envolvia o nosso quarto! Admirada com o facto, fui à unidade religiosa e expliquei o que vi a noite para a responsável. Ela respondeu-me que já era um bom sinal, pois isto significa que tenho muita afinidade com a flor. Alguns dias depois, fomos juntas à Sede Central da África e me apresentou na professora Sara. Ainda como frequentadora, fui selecionada para ser encarregada do Sanguetsu do núcleo de Johrei que se encontrava próximo de casa e continuei a praticar as orientações. Um mês depois de empenhar-me com afinco, as doenças que assolavam meus filhos sumiram por completo. O meu esposo que estava desempregado, conseguiu emprego, e assim, as dificuldades financeiras foram ultrapassadas. Para agradecer as graças recebidas fui fazendo os donativos e seis meses depois, meu esposo sendo frequentador, materializou os donativos para o meu ingresso na fé e de outorga que se concretizou no mesmo ano.

A experiência de fé que passo a relatar aos senhores está relacionada com as minhas dedicações no local de trabalho e com a visita do responsável que recebi em minha casa.

Trabalho como vigilante de um supermercado há um ano. Tudo corria bem, mas no passado mês, comecei a ter conflito com o gerente do local. Pedi ao meu supervisor para ligar à direcção da empresa, para me trocarem desta unidade mercantil para outra e assim ele procedeu. Quando o responsável geral da empresa apareceu, perguntou se havia algo errado cometido por minha parte. Ele respondeu que não existe erro nenhum, mas não me queria ver ali. O chefe lhe disse: ” Eu sei o porquê a coloquei aqui! Você não pode exigir a transferência dela e se não aceitares, vou ligar ao vosso chefe máximo.”

Quando ele ouviu isto, desistiu do seu falso pensamento. Passados alguns meses, este gerente viajou para Índia. De regresso à Angola, continuou com o mesmo comportamento negativo comigo. Vendo isso, fui ao responsável da unidade religiosa pedir orientação. Na conversa, perguntou-me se já tivera realizado uma limpeza, decorado o local com flores, ministrado Johrei no local de trabalho, ao que respondi não. Então, orientou-me que a minha missão no local não é apenas para ganhar dinheiro, mas sim, servir na Obra Divina. Orientou-me a acordar muito cedo, fazer limpeza antes de iniciar o trabalho, ornamentar o local com flores e ir ministrando Johrei nos colegas.

Ganhei a permissão e comecei a colocar em prática a orientação. Antes dos colegas chegarem, faço a limpeza e após praticar durante duas semanas, o gerente que se complicava comigo, deixou de o fazer. A harmonia já reina no local de trabalho.

Quanto a visita do responsável em minha casa, eu vivo com uma sobrinha e 4 filhos, dos quais: duas meninas primogénitas que são gémeas com 28 anos cada, e cada têm uma filha com 3 e 8 anos respectivamente. A neta de 3 anos, nunca conheceu o seu pai desde a gravidez. Ele nem prestava apoio à mi há filha, mesmo sendo funcionário público. No dia da visita do responsável, após a oração, ministrou-nos Johrei por ordem decrescente, com a leitura do Ensinamento de Meishu Sama. Agradecemos muito pela visita.

Fruto da visita, duas semanas depois, surpreendentemente, o pai da neta, apareceu em casa na minha ausência e deixou sessenta mil kwanzas para sua filha e para a filha da outra mulher que vive na Província de Cabinda, deixou cinquenta mil kwanzas. A minha ausência deveu-se ao facto de ter passado a noite de serviço. Agradeci do fundo do coração e como ela não frequenta a nossa igreja, não cumpriu com a prática dos 10% do dízimo. Porém, orientei-lhe que da próxima, em primeiro lugar retira 10% só assim que podes gastar e ela aceitou. Como no momento que ocorreu este milagre não dispunha de valores, me comprometi em fazer um donativo especial do meu salário.

Pessoalmente, desde que recebi a visita, ganhei força de fazer oração das 21horas. No serviço, já consigo fazer orações periódicas. Quando estou em casa, ministro Johrei a todos os netos e estes já me despertam para fazer as orações. Também ganhei força de cuidar de uma jovem que é amiga das minhas filhas, onde tenho ido ministrar Johrei, oferecendo-lhe a flor.

Com estas vivências, aprendi que, cumprindo com as orientações recebidas de nossos superiores, transformamos o nosso sofrimento em purificação!

Comprometo-me a empenhar-me no encaminhamento de um maior número de pessoas à fé messiânica e participar na formação das 100 mil famílias convictas. Encaminhei 50 pessoas à igreja, 6 seis das quais são membros, cuido de uma casa de frequentador com duas pessoas, tenho a horta no meu quintal, pratico dízimo, outros donativos e sou cadastrada.

Agradeço a Deus, ao Messias Meishu Sama e aos Antepassados por me garantirem a vida que tenho agora. Ao reverendo, ministros, membros e frequentadores que directa ou indirectamente têm contribuído para o meu crescimento espiritual, a minha sincera gratidão!

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