Maria Helena Jacques Ferreira – JC Maxaquene – Moçambique

Chamo-me Maria Helena Jacques Ferreira, sou membro da igreja desde 2002. Fui encaminhada pela minha mãe, membro da igreja e actualmente sou Vice Encarregada do Johrei Center de Maxaquene, integrada na rede da salvação pelo grupo Lua.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja foram falta de paz espiritual, desarmonia no lar e conflitos laborais, que com o cumprimento das práticas básicas da fé messiânica foram solucionados.

A experiência de fé que vou relatar tem haver com a obediência e a importância da dedicação e oração.

Estou separada do pai dos meus filhos há mais de 6 anos, durante os quais sempre andamos em pequenos conflitos. Não sei se eu é que era complicada por causa da separação que foi muito violenta, motivo pelo qual eu ainda estava com raiva de tudo o que ele me fez, ou se ele é que tem um carácter difícil. Eu já tinha feito uma reflexão profunda com a Responsável da Unidade e com a Ministra, mas ainda tinha muita mágoa dele.

Certo dia, resolvi conversar com uma amiga sobre a situação que eu continuava a viver depois da separação e ela disse-me: “Helena, sabes que eu também sou separada e o pai dos meus filhos é muito violento. Só que falei com uma senhora lá da minha igreja e a senhora deu-me o seguinte conselho: a partir de hoje, passa a concordar com tudo o que o pai dos teus filhos falar. Não critica nada, diga sempre sim. Não é fácil, mas experimenta!” Refleti seriamente a respeito e decidi que iria começar a implementar o “sim senhor” à tudo o que ele dissesse. Assim, dei início a minha campanha da paz. Entretanto, fui praticando a campanha do “sim senhor” e busquei aprofundar nas práticas básicas da fé, tais como, as marchas com o grupo lua no hospital nas segundas feiras e nas casas nas quintas feiras, confecção de flores de luz tanto para distribuir, como para manter em casa, oração e donativo de pedido de perdão aos antepassados e também passei a orar por ele todos os dias com o Sonen de que a sua postura mudasse para melhor.

E passados vários meses, eis que começou a surtir efeito.

Até no início da quarentena, o pai dos meus filhos não oferecia nada além da pensão que já dava aos filhos por obrigação do tribunal. Para a minha surpresa, a sua postura realmente mudou, pois, certo dia ele ligou-me e disse: “olha, sei que a vida está difícil e quero dar mais um pouco que aquilo que já foi aos miúdos. O que é que vocês precisam para suportar a quarentena?”

Eu respondi: “O que puder fazer já será bom para nós.” Não se dando por satisfeito, ele ligou para a nossa filha mais nova e mandou-lhe fazer uma lista de tudo o que precisavam. Ela fez a lista e mandou-lhe. Prontamente, ele fez as compras e entregou. Atualmente, ele as faz de 15 em 15 dias e não deixou de comparticipar com o valor da pensão que vem dando. Tornou-se mais amigo dos nossos filhos, comparticipa em quase tudo o que diz respeito aos miúdos, como: hospital, alimentação e está sempre presente, não fisicamente, mas telefonicamente.

Por outro lado, durante a quarentena, eu e os meus filhos purificamos muito e como não podemos ir à igreja com tanta frequência como íamos antes, devido à pandemia, fazemos as orações em casa, em sintonia com a Sede Central da África e marcha de Johrei no lar. Numa das conversas que tive com a Responsável do Johrei Center, telefonicamente, refleti acerca do passado da minha geração por parte da linhagem da minha mãe e cada vez que eu ia refletindo, ia me lembrando de mais coisas. Foi então que a Responsável decidiu que devíamos fazer uma oração em sintonia e como ela ia ao Johrei Center naquele momento, quando chegou, fizemos a oração em sintonia e disse que eu devia fazer um donativo de gratidão pela grande permissão de me lembrar e encaminhar tudo aos cuidados do Messias Meishu-Sama.

Arranjei um envelope e fiz o donativo naquele momento e guardei-o. Como não tenho ainda o altar em casa, pensei: “E agora, o que faço? Ficar com este donativo guardado na gaveta não ia ficar bem!”

Logo ficou claro para mim que devia colocar um banquinho com um pano e colocá-lo em frente à foto do Mestre e assim o fiz. Neste local, fui colocando Ikebana e os ensinamentos de Meishu-Sama e passamos a colocar os donativos ali. Os meus filhos chamaram logo de pequeno altar, já com o Sonen para o recebimento do Altar do lar. É de salientar que eu tenho um pequeno jardim em casa, mas este ano, quase não floriu por causa da seca.

Um dia destes, acordei querendo fazer uma Ikebana para colocar ao pé da foto do Messias e então fui ao jardim, mas não tinha nenhuma flor. Fiquei triste, voltei e informei ao Messias: “Hoje não há flor!” Estava a purificar com fortes dores no joelho, que vão e vêm e cólicas menstruais muito fortes que já duram desde que comecei a ter o ciclo menstrual. Entretanto, eu já tinha o Sonen alinhado no sentido de que a flor iria ajudar-me a melhorar. No final da tarde, voltei ao jardim e por incrível que pareça, por detrás de um arbusto, lá estavam as flores, lindas e nem fui eu que as plantei. Acredito que foi o Messias que as colocou para mim. Assim, fiz Ikebanas para a casa toda.

Para agradecer pelas mudanças e graças recebidas, fiz um donativo especial de gratidão.

Aprendi que quando o Sonen está alinhado, Meishu-Sama sabe agraciar-te o pedido feito. Aprendi também com esta experiência de fé que o silêncio, e o saber obedecer conselhos dados, a intensificação da dedicação e oração trazem resultados positivos à nossa vida, pois o que eu pensava ser impossível, tornou-se possível.

O meu compromisso é de continuar a intensificar na ministração do Johrei marchas nas casas que cuido e abrir mais casas para cuidar. Distribuição de maior número de flores de luz durante o ano de 2020, fazer donativo para o recebimento do altar do lar e para peregrinação à um dos solos sagrados.

Já me cadastrei, tive a permissão de encaminhar mais de 50 pessoas, das quais 4 tornaram-se Membros. Cuido de 8 casas junto com o grupo Lua e tenho a horta caseira feita.

Agradeço ao Supremo Deus, Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados por me terem mostrado o caminho da salvação.

Aos Ministros, Missionários e fiéis em geral, o meu sincero agradecimento.

Muito obrigada!

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